Sem querer me intrometer | Mariana Baptista

Resenha: Nao Entre em Panico | Douglas Adams



Título: Não Entre em Pânico
Primeiro livro da série O Guia do Mochileiro das Galáxias
Original: Don't Panic
Autor: Douglas Adams
Editora: Sextante
Páginas: 208
Avaliação: 
★ (3/5)



Esse é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, só não diverte como também faz pensar.

     Mal de colecionador de livros: Ficar acompanhando promoções em sites (mesmo que não haja mais onde coloca-los). Fazia algum tempo que ficava mirando a coleção O Guia do Mochileiro das Galáxias e resolvi comprar, demorei um pouco pra lê-lo porque havia outros na lista (como todos têm). E pelo que lia sobre, parecia ser uma leitura agradável e divertida, até mesmo pelas capas, que são bem engraçadas; E depois de postergar um pouco, chegou a vez dele porque gosto muito de ficção.

     No início, somos apresentados a Arthur Dent, um terráqueo que descobriu que sua casa precisaria ser demolida, pois estava “atrapalhando” o desenvolvimento de um desvio entre cidades, porém a notificação só chegou um dia antes das máquinas. Logo em seguida, conhecemos Ford Prefect, um Beltegeuseano que veio para ficar uma semana na Terra, para estudar mais sobre nossa planeta e desenvolver o verbete TERRA no guia (uma enciclopédia virtual, que possui, em sua maioria, informações sobre TUDO do universo, além de relatos de experiências de viajantes), mas está preso há 15 anos, e que mantem uma amizade com Arthur. Ford aparece justo na hora em que Arthur tentava impedir a demolição, dizendo que precisavam conversar, induzindo o chefe de obras a esperar meia hora antes de prosseguir o trabalho. Meio hora seria suficiente, pois não restava muito tempo para conversar, nem para a casa, muito menos para o planeta que também estava atrapalhando uma construção de uma via espacial.

     Depois de uma escapada pelo hiperespaço, acabam dentro de uma nave alienígena como gaiatos, e aí inicia-se a odisseia, através de planetas estranhos e raças das mais variadas, e graças ao peixe Babel, conseguimos entender tudo, até mesmo a poesia Vogoniana, que, segundo o Guia do Mochileiro das Galáxias, é a terceira pior do mundo. Aprendemos que dentre outras coisas essenciais, o que não pode faltar é uma toalha (que serve para muito mais coisas do que eu conseguiria imaginar hehe), e que o universo é cheia de probabilidades e estatísticas, prováveis ou não. Logo depois conhecemos mais alguns personagens, que acredito serem muito importantes para a continuação da série, como Zaphod Beeblebrox (o excêntrico Presidente da Galáxia), Marvin (um robô muito inteligente e extremamente depressivo) e Trillian (uma cientista que Zaphod conheceu em uma visita a Terra).

A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis – as da sobrevivência, da interrogação e a da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do porquê e do onde. Pág. 155

     Bem, não sabia muito sobre o tema da narrativa, mas desde o início percebi duas coisas: O livro é cheio de ironiasituações cômicas e diálogos descontraídos que me fizeram dar algumas risadas.  E também que é necessária uma atenção muito grande para gostar da leitura, porque como na introdução diz, é cheio de termos físicos, junto com umas ideias muito loucas (o gerador de improbabilidades é a maior de todas). 
     Os personagens são bem desenvolvidos, a história tem sentido (mesmo sendo sci-fi) e deixa uma bom chão para a continuação

     Não se tornou o livro da minha vida, mas pretendo ler as continuações, e com certeza indico para adoradores da infinidade do universo, da astronomia e das coisas loucas da vida. 


7 comentários:

  1. eu amo essa trilogia de '5' heheh
    tenho todos na estante' :D
    Marvin é meu preferido. <3
    http://torporniilista.blogspot.com.br/

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    1. Maria, no primeiro livro, não fala muito de Marvin né?
      Por mais relevante que seja a participação dele na história.
      Os outros são bons tambem?

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  2. Ganhei a uns dois anos e meio de presente de aniversário da minha irmã está coleção, na época tinha poucos livros na estante (hoje em dias tenho muitos e muitos), li somente o primeiro a uns dois anos acho também, e ler essa resenha e o nome dos personagens me fez lembrar da história com uma nitidez que geralmente não lembro, quando faz tempo que li o livro.
    Sou fã de ficção também e quero muito a voltar a acompanhar a série, mas acho que lerei o primeiro novamente para poder dar continuidade.

    Gabs Parabéns! Uma ótima resenha, simplesmente adorei :)

    Um abraço

    @RafaelCésar89
    http://livrospuradiversao.blogspot.com.br/

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  3. Gabriel, pretendo ser esses livros em breve pra descobrir o por que das pessoas gostarem tanto dele! É uma febre!

    Beijos,
    Caroline, do http://criticandoporai.blogspot.com

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    1. Caroline, vale a pena sim, mas como disse, tenha perseverança, e não se apegue muito aos termos científicos, se não é complicado continuar.

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  4. o capítulo da Baleia e o vaso de flores é a coisa mais incrívelmente non-sense que já li e o que me fez gargalhar por minutos a fio. Lembrando que Adams era roteirista do melhor programa de humor que já existiu Monty Python's Flying Circus, o que explica seu humor e também não explica coisa alguma. (como ele mesmo diria)

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    1. Pois é Hell, nunca pensei em como uma baleia se sentiria naquela situação kkkk. Judiação da Cachalote que foi puxada pelo gerador de improbabilidade.

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