Resenha: As Herdeiras | Joanna Philbin

Título: As Herdeiras

Original: The Daughters 

Autora: Joanna Philbin

Editora: Galera Record

Páginas: 302

Avaliação: ★★★★★ (4/5)

Desajeitada e doida por literatura, Lizzie não poderia ser mais diferente de sua mãe, Katia Summers, a supermodelo mais famosa do mundo. Acostumada aos flashes de paparazzi e aos muitos admiradores de sua mãe, a menina sabe como ninguém como é não ser notada. Mas ela não está sozinha. Suas duas melhores amigas também sentem na pele como é ter pais famosos. Carina Jurgensen tem um magnata de telecomunicações como pai, enquanto Hudson Jones é filha da cantora pop Holla. Mas tudo muda quando Lizzie é descoberta por uma fotógrafa de modelos exóticas. Agora, ela tem que conciliar a escola com sua nova carreira, lidar com a constante comparação com sua mãe e conquistar o gato da sala... Ufa!

     As Herdeiras é o primeiro volume da trilogia escrita por Joanna Philbin que tem como o objetivo mostrar um pouco mais da vida das adolescentes filhas de grandes celebridades do mundo da moda, música e negócios.

     Nesse primeiro livro, conhecemos Lizzie, filha única da modelo internacionalmente famosa, Katia Summers. A garota, ao contrário da mãe, nunca seguiu o estereótipo de beleza hollywoodiana, o que a tornou bastante insegura quanto à sua aparência e fez com que ela crescesse se escondendo dos flashs e aparições públicas que dominavam a vida de Katia.

     Após uma crise familiar – na qual Lizzie havia quebrado a 6ª regra do clube das Filhas* –, a fotógrafa Andrea procura a garota a fim de torná-la uma modelo feia (termo utilizado para referir-se a modelos com beleza exótica) e, dessa forma , Lizzie descobre que não precisa ficar sempre tão distante do universo da moda que a mãe sempre adorou.

*6. Nunca fale com a imprensa sobre seus pais. Especialmente quando repórteres estão perambulando na frente da sua casa e gritando para que você diga alguma coisa.

     Envolvida em um romance bastante tenso e incompreensível com Todd Piedmont, um colega de infância que acaba de voltar para a cidade, Lizzie conta com a ajuda de suas melhores amigas (e também herdeiras), Carina e Hudson, para conciliar a vida escolar, relações amorosas, conflitos familiares e o início de sua nova e improvável carreira.

(...) Lizzie achava que era porque as três tinham um enorme ponto em comum: as três sabiam o que significava ter a vida dividida em duas partes: a pública e a privada. Capítulo 1, pág. 12

     Por ter como protagonista uma jovem de apenas 14 anos, As Herdeiras é bem leve e possui uma linguagem bastante simples e informal.

     Na minha opinião, a leitura só não flui tão rapidamente quanto deveria pelo fato de que Lizzie é um pouco sem sal. A falta de opinião e atitude da garota faz com que, em algumas situações do livro, as coisas demorem mais do que deveriam para se desenrolarem.

     Diante disso, algumas personagens secundárias com personalidades mais distintas e fortes, como Carina e Hudson, acabam, muitas vezes, tendo mais destaque do que a própria Lizzie.

     Porém, ainda assim, o livro é bastante divertido de se ler e prende até o final, principalmente devido ao romance de Todd e Lizzie, que só é realmente “resolvido” nas últimas páginas de As Herdeiras.

     A editora Galera Record fez um trabalho de tradução e revisão incrível, não dando espaço para erros tolos de digitação e gramática durante a narrativa. A capa – que achei muito mais bonita do que a da versão original americana – e a diagramação interna do livro também estão impecáveis.

     Assim como imaginei ao terminar a leitura, confirmei no Google que os próximos dois livros da série irão ser focados nas outras duas herdeiras, sendo o próximo destinado à Carina e, o último, à Hudson. Expectativas em alta!

     Uma ótima dica de leitura para se distrair e conhecer um pouco mais sobre o lado negro da vida das celebridades.