Título: Dark House
Original: Dark House
Autora: Karina Halle
Editora: Única
Páginas: 349
Avaliação: ★★★★★ (4/5)
Há sempre algo fora do normal em Perry Palomino. Embora ela esteja vivendo uma crise ao passar pela síndrome pós-faculdade, assim como qualquer garota de vinte e poucos anos, ela não é o que chamaríamos de comum. Perry possui um passado que prefere ignorar, e há também o fato de que ela consegue ver fantasmas. Tudo isso vem a calhar quando se depara com Dex Foray, um excêntrico produtor que está trabalhando em um webcast sobre caçadores de fantasmas. Dex, que se revela um enigma enlouquecedor, arrasta Perry para um mundo que a seduz e ameaça sua vida. O farol de seu tio é pano de fundo de um mistério terrível, que ameaça a sanidade da moça e faz com que ela se apaixone por um homem que, como o mais perigoso dos fantasmas, pode não ser o que parece.
Primeiro ponto que preciso discutir nessa
resenha: Eu não sou uma grande adepta de estórias de terror. Para falar a
verdade, nem sei explicar como tive a súbita coragem de solicitar Dark House ― primeiro livro dos nove que
constituirão a série Experimente o Terror
― para resenha. Mas não me arrependo. O livro conseguiu me agradar por muitos
motivos e, tenho certeza, conseguirá agradar também os fãs de terror, tendo em
vista que Karina Halle possui um talento descritivo inquestionável para cenas e
situações sinistras.
Em Dark
House, conhecemos Perry Palomino, uma jovem de vinte e dois anos
extremamente madura para sua idade. Com um passado atormentado pelo constante
bullying que sofria e uma personalidade de grande indiferença em relação à
quase tudo que a cerca, Perry esconde também uma outra particularidade: Ela
vê/percebe fantasmas e, de alguma forma, consegue se conectar com eles de uma
forma sobre-humana.
Quando eu era nova, ainda com apenas um dígito de idade, tinha um monte de amigos imaginários (e inimigos também, o que é bem assustador). (...) Meus pais surtaram por causa disso e me mandaram para vários tipos de psicólogos para encontrar alguma cura. Capítulo 2, pág. 27
Após ter visões perturbadoras relacionadas
a um farol abandonado ― parte da propriedade de seu tio Albert ―, Perry
determina-se a ir até o local para tentar compreender o porquê de ter tantos
pesadelos relacionados a ele. Chegando lá, ela conhece Dex, um enigmático
produtor de webcast que tem
frequentado o farol abandonado na companhia de sua câmera.
Dex, com sua personalidade totalmente
ambígua ― ora amável, ora assustador ―, e Perry, com sua pouca experiência em
relacionamentos amorosos, acabam envolvendo-se em um relacionamento inconclusivo
que não pode ser nem de longe considerado o foco da trama, porém acrescente um
clima terno e vulnerável ao livro e seus personagens.
Eu estava confusa. Esse era o mesmo cara com quem eu falei por telefone nos últimos dois dias?
Ele deve ter notado minha cara de interrogação e finalmente tirou os olhos da estrada para olhar para mim, mas não disse nada. Capítulo 7, págs. 129-130
Aprofundando-se cada vez mais nos segredos
escondidos no farol e nos espíritos que
nele se vinculam, a estória narrada em primeira pessoa por Perry envolve o
leitor do começo ao fim, intrigando-nos cada vez mais com os mistérios daquilo
que não pode ser visto pelos homens normais.
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