Sem querer me intrometer | Mariana Baptista

Resenha: Preciso te contar uma coisa | Melissa Hill



Nome: Preciso te contar uma coisa
Original: Something you should know
Autora: Melissa Hill
Editora: Essência
Páginas: 331
Avaliação: ★★


 Após uma temporada na Austrália com o namorado, que a trocou por uma amiga que foi visita-los, Jenny está de volta à Irlanda. Um pouco abalada com o fim do relacionamento, mas nem tanto - o namoro já estava nas últimas mesmo -, resolveu procurar uma cartomante. Esta foi categórica: antes do fim do ano, e depois de um momento de distração, ela encontraria alguém especial, único, com quem viveria momentos de tormenta, mas nada os separaria. Roan Williams apareceu num dia em que ela desceu desatenta do ônibus e foi assaltada. Era ele, só podia ser ele! A previsão, e a vontade de confirma-la, forma mais fortes que qualquer conselho de amigas, que não cansaram de alertá-la de que Roan estava longe de ser um príncipe encantado. Jenny estava apaixonada, e quem dá ouvidos a conselhos neste estado? Ela acaba caindo do cavalo e se machucando feio. Mas isso tinha sido há quatro anos, e o tempo faz milagres. Jenny voltou a acreditar no amor. Está vivendo feliz com Mike, de quem está noiva, e sua filha Holly. Até que recebe uma notícia desconcertante: Roan é o mais novo funcionário da empresa de Mike. A situação poderia ser mais ou menos administrável se a volta do ex não a obrigasse a contar a Mike um segredo sobre o seu passado que pode mudar radicalmente o seu futuro.

     Quando uma amiga me emprestou Preciso te contar uma coisa, senti uma enorme vontade de nem começar a leitura. A capa e a sinopse não me atraíram nem um pouco, e mesmo tentando não julgar antes de tentar, tinha quase certeza de que o livro não me agradaria nem um pouco. Pois bem, eu estava errada!

     O livro começa quando Jenny Hamilton recebe a notícia de que um ex-namorado (com quem teve uma relação não muito bem resolvida), Roan Williams, retorna à sua cidade e, coincidentemente, passa a trabalhar com seu atual noivo, Michael Kennedy.
     Jen tem, em seu passado, um segredo que envolve Roan e pode mudar completamente sua vida se for revelado. A garota fica desesperada com a notícia da volta do ex, e resolve que precisa confessar esse erro do passado para Mike, mas antes disso, procura sua melhor amiga, Karen Cassidy, para falar sobre o que aconteceu no passado. É a partir desse momento que o livro passa a ser um flashback de 4 anos atrás, antes mesmo de Jenny conhecer Roan. 

Jenny se deu conta de que estava ficando cada vez mais à vontade com ele. No início falaram de coisas sem importância e depois trocaram informações sobre si mesmos. Capítulo 5, pág. 45

     Praticamente o livro todo se desenvolve nesse flashback, contando tudo sobre o relacionamento de Jenny e Roan desde os primeiros até os últimos dias. Porém, junto com a estória dos dois, Preciso te contar uma coisa foca-se também no passado de Karen e em seu relacionamento com Shane Quinn – um relacionamento que, muitas e muitas vezes, destaca-se BEM mais do que o do “casal protagonista”.

     É nesse longo flashback que enfrentamos as maiores emoções do livro. As situações que Jenny e Karen passam são bastante cotidianas, sem qualquer exagero ou ficção, e acredito que seja exatamente por isso que nos prendemos tanto ao livro. As personagens são extremamente, como posso dizer... Humanas?! O livro descreve seus defeitos, dúvidas e inseguranças e trás uma leitura muito aprofundada psicologicamente.
    Preciso te contar uma coisa consegue levar o leitor aos seus extremos: Rir com situações engraçadas, ter raiva diante de algumas decisões das personagens, chorar (e coooooomo!) nos momentos de tragédia.

Estaria Deus punindo-a por ela não ter ido à missa por cerca de doze anos? Estaria Ele punindo-a por ela estar tão determinada a não se casar na igreja? Ou era simplesmente porque era ela uma pessoa estúpida, amarga, ressentida [...]? Capítulo 37, pág. 266
 
      Apesar de ser ótimo, o livro não possui uma trama muito bem fundamentada e não apresenta muitas surpresas quando se trata da resolução dos problemas. 
     Outra coisa que achei bem estranha, foi o fato de que Jenny (que deveria ser a personagem principal) muitas vezes fica em segundo plano. Para mim, durante toda a estória, a participação de Karen é MUITO mais ativa do que a da própria Jen, e é isso que me faz acreditar que a sinopse oficial do livro EXTREMAMENTE inadequada. Quando a lemos, temos a impressão de que toda a estória gira em torno do “grande mistério do passado”, porém, esse segredo não é mencionado – e nem desenvolvido –  em nenhum dos capítulos entre o 4º e o 42º.

     Preciso te contar uma coisa é ótimo para quem procura uma leitura fácil, relaxante e que não exige que o leitor pense muito diante dos fatos que vão acontecendo. Tudo acontece como em uma novela, simulando uma vida comum e com um desfecho bastante previsível. 

     Indico o livro para quem quer se divertir e se emocionar, sem fazer questão de acompanhar, de fato, uma estória reveladora e surpreendente.

14 comentários:

  1. Hmmmm, fiquei com vontade de ler. Não li a resenha toda pra aumentar a vontade, mas adorei até onde li!

    http://naomeentendamal.blogspot.com/

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  2. Ah que bacana, adoro as suas resenhas. *-*
    Flor tem Tag e selinho pra ti lá no blog. *-*
    Dá uma olhadinha.
    Beijo.
    http://cherriemakeup.blogspot.com.br/2012/08/tags-and-selino-awn.html

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  3. caraaaa, fiquei com muita vontade de ler esse livro *O*
    bjs

    Marina Alessandra do blog Pelos Dezoito
    @maaryale

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  4. mt legal

    Grande beijo!
    umanoitemparis.blogspot.com

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  5. hey Mari, faz tempo q eu nn passo aqui c: Gostei da resenha, o livro parece ser bem legal, só achei um pouco dramático uahauah meu tipo de livro é outro, na verdade. Essas histórias reais demais não são comigo. Ah, e o meme escrito da última post ficou tão bonitinho *u* Fã de Arctic? Awn, merece meu respeito -q
    xo,
    its-becky.blogspot.com

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  6. parace ser ótimo ^^
    s2hay.blogspot.com

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  7. Adorei a resenha mas achei estranhpo esse negocio da principal ser uma e ficar em segundo plano Oo Eu fico pensando mt em beijada por um anjo, e esse nao pe mt pra ficar focando? Ó céus!
    aaah como foi a bienal? *o* comprou mt coisa boa? HAUSHAUSHUA a minah amiga falou que nao tinha promoção, que o preço era normal - mas aquela TOP livros e umas par de editora tavam com preços ótimos ^^
    Enfim!
    Um beeijo!
    Pâm
    http://interruptedreamer.blogspot.com.br/

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  8. Oi amada passei para desejar um lindo final de semana abençoado!! beijos grandes no coração!!

    ( ᐵ ᗜ ᑈ)ᘉ Endereço>> Dany's Place

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  9. Adorei a resenha, bem interessante ><
    http://smallog.blogspot.com.br/

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  10. Quanto tempo *o* Bem, me interessei bastante do livro, se parece com o melhor que já li e que já até fiz uma resenha no blog, "Bela Maldade."

    Beijos,
    thingsofadreamer.com

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  11. ai deu uma vontade de ler esse livro ^^ http://s2hay. blogspot.com/

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  12. Fiquei conhecendo o trabalho da Melissa ao ler o livro “Doce Ilusão”, do qual gostei, por isso me interessei em ler “Preciso te contar uma coisa”.

    Bem, confesso que me decepcionei um pouco. Não que o livro seja péssimo, mas esperava um pouco mais. O problema é que a história é um tanto quanto clichê, digamos assim, e a personagem principal, Jenny, acaba não sendo o foco principal do livro.

    Como muitos já devem ter comentado, Karen, sua amiga, e teoricamente uma personagem secundária no livro, aparece tantas vezes e com tal intensidade que, a meu ver, deveria dividir com Jenny o papel de protagonista.

    Mas, voltando ao meu “desgosto”, a questão é que Jenny é uma mulher tola e irritantemente crédula, em todos os sentidos da palavra. Ela parece não ter qualquer bom senso e deixa sua vida ser guiada por previsões de “advinhos” e por qualquer ideia ou pensamento imaturo que passe por sua cabeça, comentendo os mais diversos disparates. O duro, no entanto, é saber que a personagem reflete uma grande quantidade de mulheres imaturas reais, que provavelmente vivem da mesma forma, sem qualquer controle lógico sobre as decisões que tomam, chorando as pitangas depois de cada óbvio desastre como se tivessem sido “vítimas do destino”...

    E, quando pensamos que Jenny já havia cometido todos os erros e disparates possíveis, tendo aprendido algo com eles, ela então se supera, de uma maneira impressionante, decidindo jogar pela janela toda a dignidade e inteligência que ainda lhe sobravam por conta de um simples capricho idiota, provando que a imbecilidade humana não tem mesmo limites...

    A vontade que se tem é de dar-lhe na cara. E qualquer torcida que possamos ter para que ela amadureça, e tenha um final feliz, compete diretamente com o desejo de vê-la tomar um tompo feio, pra ver se finalmente cai em si e aprende com a vida.

    Quanto a Karen, apesar de ter um grande coração, é uma criatura extremamente teimosa, controladora, desorganizada e impulsiva, que não sabe dialogar nem se interiorizar, além de recorrer a vícios (beber e fumar) com intensidade semelhante à dos homens vazios e superficiais, que costumam tentar resolver qualquer poblema que tenham no balcão de um bar... Todavia, considerando o histórico de vida que teve, em função da falta de interesse e de cuidados com que foi criada pelos pais, é comum que pessoas que crescem acostumadas à ideia de que dependem só de si mesmas desenvolvam esse tipo de personalidade. Uma pena.

    O livro, em sua maior parte, se resume ao relato dos erros e tropeços dessas duas personagens, sendo que o assunto a que o título se refere só aparece em poucas páginas, no começo e no fim da obra. E, apesar de Jenny ser a protagonista, foi a história de Karen a que a autora melhor desenvolveu na trama, com um final mais profundo, apesar de triste, criando assim uma “moral da história” muito mais consistente e clara. Com Jenny, no entanto, apesar de todo o extenso relato sobre suas agruras recentes, o livro deixa muito a desejar no final. O fim é tão curto e simplista que parece último capítulo de novela da Globo, onde tudo dá certo no final e todos são felizes para sempre por puro milagre, sem levar em conta todas as graves implicações dos fatos anteriores. É como se pudéssemos resolver todos os grandes dilemas de nossa vida, vividos a duras penas durante anos a fio, num belo fim de tarde, enquanto tomamos sorvete. Simples assim...

    Não se pode dizer que a obra seja péssima, sobretudo considerando ser o primeiro trabalho da autora, escrito, portanto, de forma amadora. Contudo, a história apela muitas vezes para o clichê de cenas de sexo irracional e romances tórridos para prender a atenção, desvia-se da protagonista para se aprofundar em personagens secundários e peca ao estabelecer um final extremamente simplista e infantil, como se a autora tivesse atingido um número máximo de páginas determinado pela editora e se visse obrigada a encerrar a história em poucos parágrafos...

    Fico contente ao ver que pelo menos a autora melhorou bastante na obra “Doce Ilusão”, escrita posteriormente...

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