Sem querer me intrometer | Mariana Baptista

Resenha: Doctor Who - Shada | Gareth Roberts



Título: Doctor Who: Shada – A Aventura Perdida de Douglas Adams
Original: Doctor Who: Shada
Autores: Gareth Roberts – Douglas Adams (Roteiro Original)
Editora: Suma de Letras
Páginas: 352
Avaliação: ★★★★★ (5/5)




Vista e cultuada em mais de 200 países, a série de TV Doctor Who é um ícone cultural britânico que conquistou mais de 70 milhões de fãs em 50 anos de aventura. O seriado acompanha o Doutor: um viajante misterioso, vindo do planeta Gallifrey, movido pelo desejo de explorar todos os cantos do tempo e do espaço. Um dos Senhores do Tempo, o Doutor é capaz de se regenerar para escapar da morte, mudando de corpo, rosto e personalidade. Com seus companheiros, humanos e alienígenas, ele protege a Terra e o cosmos contra perigos de todos os tipos. Shada reconta um episódio que nunca foi transposto para as telas de televisão, uma aventura “perdida” de 1979. Escrita pelo então editor de roteiros da série, Douglas Adams, o autor de O guia do mochilerio das galáxias, Shada traz a quarta encarnação do Doutor e sua companheira Romana II. 

     Primeiramente quero que vocês saibam que estou escrevendo em meu modo fangirl, já que eu não gosto, mas AMO Doctor Who.

     Shada é a estória de um episódio roteirizado pelo gênio, Douglas Adams. Gareth Roberts, que ainda trabalha esporadicamente na série, trouxe o roteiro de Adams em forma de romance.

     Christopher Parsons é um terráqueo, vivendo durante os anos 70, pós-graduando em física em Cambridge e apaixonado por Clare Keightley. Chris se dirige até St. Cedd’s College para encontrar-se com o senil, porém bom velhinho, Professor Chronotis. Lá ele pretendia achar alguns livros sobre datação por carbono para que ele pudesse impressionar Clare, mas por acidente,ele acaba um livrinho que não tinha nada a  ver com carbono em sua pilha de livros emprestados.

     O que Chris não sabe é que o Professor Chronotis é na verdade um Time Lord, que deixou seu planeta faz muito tempo e resolveu viver na Terra. Outra coisa que Chris não sabe é que o Professor roubou um livro importantíssimo de Gallifrey. E esse é O Venerável e Ancestral Livro das Leis de Gallifrey, que além de um mero livro também é um artefato que até o mais corajoso Time Lord teme. E nesse ponto o Professor Chronotis chama um velho amigo, o Doutor, para que ele leve O Venerável e Ancestral Livro das Leis de Gallifrey de volta ao seu planeta de origem.

     O Doutor desembarca em Cambridge com sua companion, Romana e K-9, o seu cachorro robô. Ao saber do acontecimento logo trata de procurar logo pelo livro para que possa devolvê-lo. Tudo estaria bem se Skagra, o vilão, também não estivesse no encalço do livro que é a peça-chave para que ele conclua o seu grande plano maléfico. Chris e Clare acabam envolvidos com essa confusão espacial já que estavam estudando O Venerável e Ancestral Livro das Leis de Gallifrey e agora eles acabam em um problema que eles pensavam que não seria permitido nem pelas leis da física.

     Viajando pelo espaço-tempo o Doutor precisará batalhar para salvar seus amigos, o livro e o Universo do plano de uma Mente Universal de Skagra.

     O livro é um ótimo sci-fi, bem escrito e bem humorado. Gareth Roberts conseguiu transformar o roteiro do gênio Adams em um livro espetacular. Cheio de detalhes inteligentes, piadas e referências sagazes, personagens cativantes (eu mesma me vi torcendo por uma Nave) e reviravoltas inesperadas. Tudo estruturado muito bem em uma alternação de capítulos curtos e longos.

     Quem gosta do gênero irá se deleitar com as piadas do Doutor, as viagens pelo espaço-tempo e as criaturas extraterrestres. E quem ainda não é familiarizado com sci-fi tem uma chance de conhecer o gênero e mais do universo de Doctor Who.

(...) Clare, é que o universo é cheio de coisas maravilhosas e oportunidades fantásticas. E você tem que agarrá-las com ambas as mãos. E torcer para que nunca acabem. Pág. 297

     E falando como Whovian, consigo ver Shada como um episódio da série atual. Apesar do Doutor do livro em questão ser a quarta regeneração (Tom Baker), esse Doutor poderia muito bem ser o Ten (David Tennant). Shada é sensacional e vale a pena ser lido, tanto pelos fãs quanto pelos curiosos pelo mundo de Doctor Who.


4 comentários:

  1. Adorei sua resenha, Virgínia! Eu até tentei começar a ver Doctor Who, mas não sci-fi não é comigo rs
    Bjs.
    http://www.doceilusao.com/

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    1. Poxa, tenta novamente. Doctor Who é tão bom :D

      beijos.

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  2. Oi, minha flor! Vim retribuir sua carinhosa visita ao meu blog e adorei ler sua resenha!!!
    Sabe, nunca me interessei por Doctor Who, mas a sua paixão impressa nos comentários que escreveu sobre o livro e sobre a série me deixaram animada para conferir (rs). Eu gostaria de saber se aos que NÃO CONHECEM NADA da história de Doctor Who é possível ler o livro sem problemas... (?).
    Eu gosto muito do Douglas Adams. O jeito dele escrever é fenomenal. Imagino que esse livro não perdeu o encanto, mesmo sendo editado em forma de romance por outra pessoa. :)
    Aiai, acho que vou embarcar na aventura de conhecer a série (rs).
    Beijos, linda!

    www.myqueenside.blogspot.com

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    1. Oi Francine :)
      hahahahaha Doctor Who é uma das paixões da minha vida, a série é muito amor <3
      É possível ler sim. Só tem uns pequenos detalhes que na primeira lida, alguém que não conhece o Universo Who fica meio "what?" Mas essas coisinhas acabam sendo explicadas depois :)
      O Douglas Adams é sensacional, o Gareth apenas "romanceu" Shada mas a ideia ainda é do Douglas. E é brilhante *-*
      Assista sim, o Netflix tem todas as temporadas da série atual (de 2005 para cá). Só tem uma coisa que muita gente implica e que são os efeitos especiais. Os efeitos das primeiras temporadas são ruins mas melhora com o tempo, e eles ainda consertam essa "falha" com roteiros maravilhosos e ótimas atuações :D

      beijos.

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