Sem querer me intrometer | Mariana Baptista

Resenha: Filha da Ilusao | Teri Brown



Título: Filha da Ilusão
Primeiro livro da série Herdeiros da Magia
Original: Born of Illusion
Autora: Teri Brown
Editora: Valentina
Páginas: 288
Avaliação: ★★★★ (5/5)


Ilusionista talentosa, Anna é assistente de sua mãe, a famosa médium Marguerite Van Housen, em seus shows e sessões espíritas, transitando livremente pelo mundo clandestino dos mágicos e mentalistas da Nova York dos anos 1920. Como filha ilegítima de Harry Houdini - ou pelo menos, é o que Marguerite alega - os passes de mágica não representam um grande desafio para a garota de 16 anos: o truqye mais difícil é esconder seus verdadeiros dons da mãe oportunista. Afinal, enquanto os poderes de Marguerite não passam de uma fraude, Anna consegue realmente se comunicar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e prever o futuro. Porém, à medida que os poderes de Anna vão se intensificando, ela começa a experimentar visões apavorantes que a levam a explorar as habilidades por tanto tempo escondidas. E, quando um jovem enigmático chamado Cole se muda para o apartamento do andar de baixo, apresentando Anna a uma sociedade secreta que estuda pessoas com dons semelhantes aos seus, ela começa a se perguntar se há coisas mais importantes na vida do que guardar segredos. Mas em quem ela pode, de fato, confiar? Teri Brown cria, neste fantástico romance histórico, um mundo onde pulsam a magia, a paixão e as tentações da Nova York de Era do Jazz - e as aventuras de uma jovem prestes a se tornar senhora do seu destino.

     É incrível como a Valentina consegue me surpreender cada vez mais a cada leitura de títulos publicados pela editora. Após ter lido, em 2014, diversas obras maravilhosas que trazem no selo o cachorrinho  símbolo da editora  que se tornou querido para mim, comecei 2015 com mais uma aventura fascinante pelas páginas de Filha da Ilusão, primeiro volume da série Herdeiros da Magia.

     Na trama escrita por Teri Brown, conhecemos Anna Van Honsen, uma menina que desde muito jovem faz truques de mágica para a abertura dos shows de mediunidade realizados por sua mãe, Marguerite Van Honsen.

     Diferentemente dos dons de Marguerite, os talentos de Anna vão muito além de uma simples forma de ilusão para gerar dinheiro. A garota tem poderes reais ― como se comunicar com mortos, prever o futuro e sentir emoções das outras pessoas e tenta a todo custo controla-los e conviver com eles sem expô-los o suficiente para que a gananciosa mãe consiga usá-los para atrair o público-alvo do ilusionismo.

(...) A trapaça, a mentira, o roubo e a fraude são atividades corriqueiras na rotina profissional das Van Housen. Capítulo 17, pág. 158

     Quando o famoso mágico Houdini apresentado como possível pai de Anna ― chega à Nova York a fim de desmascarar os artistas charlatões ilusionistas da cidade, os dons da jovem, por coincidência ou não, começam a se manifestar com mais frequência e força do que o normal e, com a ajuda de Cole ― seu novo vizinho, com quem ela se conecta de uma forma fácil e inexplicável ―, Anna começa a descobrir mais sobre suas habilidades. Também descobre que não é a única pessoa a apresentar essas atípicas características e que, não necessariamente, elas são confiáveis.

     Filha da Ilusão traz uma trama cheia de mistérios, descobertas e, principalmente, magia. As cenas de ilusionismo são muito bem trabalhadas e a narrativa de Teri ― feita em primeira pessoa por Anna ― é sempre dinâmica e cheia de fatos novos e empolgantes que prendem o leitor à estória até a última página.

― Ultimamente meus dons parecem ter se aguçado. Às vezes eu me sinto como se recebesse mensagens, quando não estou tocando nas pessoas ou mesmo prestando muita atenção nelas. E também ando tendo uma visão recorrente, sendo que até então nunca tive mais de uma sobre determinado acontecimento. Capítulo 21, pág. 193

     Outro ponto que despertou meu interesse no livro foi a construção das personagens. Contrariando os estereótipos que costumamos encontrar nas estórias de young adult, Anna é muito madura e equilibrada, enquanto sua mãe Marguerite ― que tem participação ativa e constante na trama ― mostra-se sempre muito infantil, egoísta e fútil.

     A Editora Valentina fez um trabalho de tradução e diagramação maravilhoso. Só cabem elogios ao capricho da editora ― que conseguiu, inclusive, trazer às livrarias uma capa ainda mais linda que a original da obra. Mal posso esperar pelo lançamento dos próximos volumes da série. 

6 comentários:

  1. Fiquei muito interessada por esse livro, parece ótimo. Só não entendi uma coisa, é o primeiro ou o terceiro da série? Ótima resenha!
    beijos.
    http://lugaaraosol.blogspot.com.br/

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  2. Ah, esqueci de dizer: que capa maravilhosa!

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  3. Parece um ótimo livro. Gosto mto desses tipos de livros que falam sobre ilusão, astronomia, entre outros, tudo o que investiga o desconhecido é mto interessante, sem falar na história que deve ser mto boa!
    Beijoss
    http://areaquatrodois.blogspot.com.br/

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  4. esse tema com magia e fantasias faz tempo q nao leio, vi uma resenha agora a pouco falando sobre esse tema assim e preciso ler algo nesse tema
    adorei sua resenha! :)

    http://www.jacknuit.com.br/

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  5. Gostei muito dessa troca de papeis, sendo a filha mais madura que a mãe. Acredita que ainda não li nenhum título da Valentina? Preciso mudar isso logo. Adorei a resenha e to curiosa pra saber se o Houdini é ou não pai da menina haha.

    Beijos. Tudo Tem Refrão

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  6. A Valentina arrasou na capa e ao trazer o título! Costumo pensar bastante antes de começar um livro de fantasia e esse com certeza me chamou a atenção.Adorei a resenha mas é uma pena que seja uma série... estou tentando acabar com as que já comecei :/
    Beijos

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