Título: Todo Dia
Original: Every Day
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 280
Avaliação: ★★★★★ (5/5)
Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, "A" acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, "A" precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, "A" e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
Desde seu lançamento, só ouço críticas positivas acerca de
Todo Dia. Estava extremamente curiosa para ler a obra quando a Galera Record
disponibilizou alguns (poucos) exemplares para resenha e eu tive a sorte de
poder requisitá-lo. E para dar início a essa resenha, tenho apenas a dizer que
gostaria, realmente, de ter realizado a leitura antes. Cada frase, palavra e
letra escrita por David Levithan vale a pena.
Em Todo Dia conhecemos A., nosso protagonista sem gênero,
sem face e sem vida própria. Desde que consegue se lembrar, ele vive da
seguinte forma: A cada manhã, acorda preso em um novo corpo e uma nova vida,
onde permanece por apenas um dia antes de hospedar-se em outra vida.
Apesar de não ter um corpo próprio, A. tem pensamentos e
personalidade únicos. Independentemente do corpo em que ele acordar, sempre
pensará da mesma forma e carregará consigo todo o conhecimento adquirido em suas diversas
hospedagens.
(...) Se tem uma coisa que aprendi, é isso: todos nós queremos que tudo fique bem. Nem mesmo desejamos que as coisas sejam fantásticas, maravilhosas ou extraordinárias. Satisfeitos, aceitamos o bem, porque, na maior parte do tempo, bem é o suficiente. Dia 5.994, pág. 11
Para defender-se de todos os males psicológicos que sua
situação pode lhe causar, A. criou suas próprias regras de vivência. 1) Nunca
se apegar; e 2) Jamais interferir (tendo em vista que após seu dia hospedado em
um corpo, o verdadeiro dono daquela vida volta a assumir o controle como se
nada houvesse acontecido).
Porém, quando o protagonista ocupa o corpo de Justin, um típico jovem bad boy, do tipo que A. está cansado de
encontrar em suas hospedagens, tudo muda e as coisas saem totalmente de seu controle.
Rhiannon, a namorada de Justin, aparenta ser uma doce e
insegura menina subjugada às vontades e exigências do namorado. Logo de cara,
sua personalidade desperta em A. algo que ele jamais havia provado em nenhuma
de suas vidas.
Cedendo aos encantos da garota, nosso protagonista sem
gênero passa a trair todos os princípios que pregava a si mesmo. Mesmo despertando
cada dia em um novo corpo, como sempre, todos os dias A. encontra uma forma de
ver Rhiannon e aproxima-se cada vez mais dela.
Mas seu sentimento pela menina compromete várias outras
pessoas (donas dos corpos hospedados por A.) e desperta a dúvida do hospedeiro:
Por amor, ele pode ser egoísta ao ponto de interferir em diversas vidas
alheias?
Todo Dia traz muitas reflexões sobre o quanto atitudes
egocêntricas, mesmo que realizadas devido a um sentimento verdadeiro, podem
trazer consequências incorrigíveis a vida de outras pessoas.
O fato de o personagem principal não possuir gênero, raça ou
religião é uma jogada de mestre de David Levithan. Com essa falta de
identificação das características do personagem, todo e qualquer preconceito
que o leitor possa trazer consigo fica de
fora da leitura.
Na minha experiência, desejo é desejo, amor é amor. Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo por que é tão complicado, quando é tão óbvio. Dia 6.006, pág. 123
No início, achei que a narrativa fosse se desenvolver de
forma confusa, devido as constantes mudanças de ambiente e de corpos hospedados por A.,
porém tudo correu de forma extremamente clara.
Com capítulos divididos em forma de dias — começando com o 5.994 e terminando no 6.034 — o leitor é envolvido, cada vez
mais, na forma de pensar de A. e a leitura flui de forma leve e rápida.
Para completar a perfeição da obra, a Galera Record arrasou na
diagramação da capa e das páginas e a revisão de texto está impecável, não deixando espaço para qualquer crítica
negativa nesse sentido.
Gente, esse livro é maravilhoso, amo de paixão hahaha
ResponderExcluirFiquei muito feliz que vc tbm tenha lido e gostado haha.
Sou super fã do autor ha.
Beeeijos
Fazia tempo que não passava aqui né? hah
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/04/tag-livros-x-emocoes-sentimentos.html
Cooomente ;)
Levithan é lindo, Levithan é amor <3 não li esse ainda, mas já li outros do autor e ain *-*
ResponderExcluirAmei a resenha! Acho que ele será uma das minhas próximas leituras. Só li até agora resenhas positivas do livro e fiquei super curiosa para conhecer melhor A.
ResponderExcluirBeijos!
http://comoumrefugio.blogspot.com.br/
Olá Mariana,
ResponderExcluirEstou com o livro na minha estante, sempre leio uma ou outra resenha, mas a sua despertou meu interesse em ler o quanto antes o livro.
Bjs
http://www.viajenaleitura.com.br/
Só leio resenha positiva quanto à esse livro e sério, minha curiosidade só aumenta cada vez que leio uma nova. Como a sua! Ótima resenha, só me fez interessar-me mais ainda em Todo Dia *_*
ResponderExcluirBeijos
http://mon-autre.blogspot.com.br/