Sem querer me intrometer | Mariana Baptista

Resenha: Graffiti Moon | Cath Crowley



Título: Graffiti Moon
Original: Graffiti Moon
Autora: Cath Crowley
Editora: Valentina
Páginas: 238
Avaliação: ★★★★★ ♥ (5/5)



Uma aventura emocionante e perigosa como um grafite clandestino. Uma noite de arte e poesia, humor e autodescoberta, expectativa e risco e, quem sabe, amor verdadeiro. Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa? O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade. A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida.Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.

     O amor. Ah, o amor! Aquela palavra que arrebata os corações quando “gostar” não é o suficiente para expressar o tamanho do sentimento despertado por alguém ― ou no caso, por algo ― em nós. Meus caros leitores, eu não sou do tipo de pessoa que se apaixona muito fácil, mas juro que desde que concluí a leitura de Graffiti Moon tenho passado noites em claro procurando alguma brecha na legislação brasileira que permita que eu me case com esse livro. Estou amando. [Insira aqui cenas de eu e meu exemplar correndo um em direção ao outro euforicamente por um campo florido e repleto de borboletas]

     Mas agora, concluída a tarefa de tentar demonstrar para vocês o quanto gostei desse livro, vamos continuar a resenha como a profissional imparcial que não sou? Quando a Editora Valentina disse que me enviaria Graffiti Moon para divulgação em um evento da minha cidade, revirei os olhos. O pouco conhecimento que tinha sobre a obra ― baseado na péssima primeira impressão causada pela capa que eu, particularmente, não suporto e na dedução de que, por ser um livro que trata de artes, a linguagem seria sofisticada demais ― me repelia da vontade de lê-la. Eu não podia estar mais enganada.

     Graffiti Moon, escrito por Cath Crowley, nos apresenta à Lucy ― uma jovem artista apaixonada por trabalhos em vidro que sonha em encontrar Sombra, um grafiteiro anônimo de sua cidade e, também, provável amor de sua vida ― e Ed ― um rapaz com muitas dificuldades financeiras e emocionais, que encontra apenas em seus desenhos a paz que procura.

No alto da ladeira, começo a pedalar. As luzes da cidade brilham, piscam, e eu voo pelo meu corredor suave, pensando no Sombra. Ele está lá fora, em algum lugar da escuridão. Espalhando cor. Pintando pássaros e céus azuis na noite. Pág. 33

     Certa noite, o destino une ― não pela primeira vez  os dois adolescentes quando seu grupo de amigos resolve passar uma divertida noite juntos para comemorar o início das férias. Porém, Lucy só consegue pensar em Sombra e em como encontra-lo e Ed, por sua vez, não tira da cabeça seu outro perigoso compromisso para aquela noite. Porém, a vida prega uma peça em ambos e faz com que se metam juntos em uma arriscada aventura noturna pelas ruas da cidade pacata onde vivem.

Alguma coisa na voz dela (...), à noite, com escuridão em volta e um mundo que fiz na minha frente. Nós dois paramos de nos preocupar. Pág. 138

     Em Graffiti Moon conhecemos os personagens cada vez melhor a cada página, sendo surpreendidos por revelações feitas em relação ao passado e sentimentos dos dois protagonistas. Narrado em primeira pessoa com capítulos alternados entre Lucy e Ed ― e alguns extras com poesias de Poeta, parceiro de Sombra ―, a trama nos aproxima, com uma linguagem simples e contemporânea, das dificuldades e vontades dos jovens, além de citar diversas formas de arte ― pinturas, livros, esculturas e etc. ― que ilustram perfeitamente o clima cult da estória.

     Com um final extremamente apaixonante, Graffiti Moon envolve o leitor da primeira à 238ª página com muita aventura, reflexão e um romance sutil e memorável. Comecem a ler agora!

Dentro dele há uma cerca de arame
E depois da cerca há um cão
E depois do cão há ladrões
E depois dos ladrões
Uma gangue de sonhos ruins
E depois dos sonhos
Se você conseguir passar pelos sonhos
Estão as coisas que os fazem pulsar
Pulsar, pulsar, pulsar
Pág. 120

7 comentários:

  1. Oi Mariana!

    Tenho um pé atrás com esse livro. Uma amiga que tem o gosto MUITO parecido com o meu leu e detestou, então fico meio sem saber. Também não gosto muito da capa dele, achei meio estranha. Mas mesmo assim, a história me atrai de alguma forma. Espero que, se eu ler, não me decepcione.

    Beijo!
    http://www.roendolivros.com/

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  2. Olááá Mari
    Faz tempo que não passo aqui haha
    Como sempre, me impressiono com sua habilidade e talento de escrever e claro, chamar a atenção e a curiosidade para ler o livro resenhado, inclusive esse.
    Tenho uma curiosidade muito grande sobre ele que ao contrário de você, me chamou muita atenção a capa e o enredo haha acho que pela diferença e tal.
    Ótima dica e espero gostar tanto quanto você quando ler.
    Parabéns

    Beijos
    comente ;))
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/2015/01/resenha-para-onde-ela-foi-gayle-forman.html

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  3. Sério que você não gostou dessa capa? Eu achei linda, o toque em aquarela principalmente ♥
    A história parece bem interessante, mas ultimamente não estou muito no clima de romance. Quem sabe um dia?

    Beijos,
    http://livrodeunicornios.blogspot.com.br/

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  4. Oi :) Tudo bem?
    Nossa, depois dessa resenha eu fiquei muito curiosa. Nunca li nenhum livro que falasse de arte nem nada do género. Ao contrário de você eu adorei a capa <3
    Beijo
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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  5. Oi, Mariana!
    Estava de olho nesse livro desde muito antes de ele ser lançado no Brasil, pois o havia descoberto entre as minha andanças no Youtube, e já estava bem curiosa para conhecer a história. Quando foi lançado aqui, fiquei bem empolgada, mas aí não pude comprar logo e esqueci dele. Agora, lembrei-me novamente e espero poder conferi-lo ainda esse ano. Não sei direito o quanto de expectativas eu tenho, mas espero me envolver com a história, assim como você. É um enredo simples, porém muito instigante!

    Beijos,
    Sâmella Raissa
    ♥ SammySacional.blogspot.com.br ♥

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  6. "Insira aqui cenas de eu e meu exemplar correndo um em direção ao outro euforicamente por um campo florido e repleto de borboletas" kkkkkkk ~morri
    Também não gostei da capa.
    Mas, que enredo! *-* Lindo! Lindo! Lindo!

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